O governo se notabilizou por sua política cada vez mais ampla de isenção e subsídios aos bancos e empresas. Por outro lado, os trabalhadores e os pobres estão pagando cada vez mais impostos. A nova correção da tabela do Imposto de Renda, anunciada pelo governo para 2014, confirma o caráter extremamente regressivo do sistema tributário no país, em que os assalariados pagam mais impostos, enquanto ricos e empresas gozam de toda série de isenções. O reajuste da tabela, de 4,5%, é menor que a inflação do período e o reajuste do salário mínimo. A defasagem, segundo o Sindicato dos Auditores Fiscais da Receita Federal, é de 60%. Essa tendência de correções abaixo da inflação dura desde 2001 e aprofunda a distorção. Em 1996, começava a pagar imposto de renda quem recebia até 6,55 salários mínimos.
Em 2014, vai pagar quem receber a partir de 2,47 salários, ou R$ 1.787. E para que os trabalhadores e pobres estão pagando cada vez mais impostos? A saúde e a educação continuam precárias, e a população pobre de estados como o Espírito Santo enfrenta o flagelo das chuvas neste período do ano sem atenção dos governos. Enquanto isso, o Orçamento de 2014 destina mais de R$ 1 trilhão (42% do Orçamento) ao pagamento dos juros e amortizações da dívida pública. É para lá que está indo o dinheiro dos nossos impostos.
Em 2014, vai pagar quem receber a partir de 2,47 salários, ou R$ 1.787. E para que os trabalhadores e pobres estão pagando cada vez mais impostos? A saúde e a educação continuam precárias, e a população pobre de estados como o Espírito Santo enfrenta o flagelo das chuvas neste período do ano sem atenção dos governos. Enquanto isso, o Orçamento de 2014 destina mais de R$ 1 trilhão (42% do Orçamento) ao pagamento dos juros e amortizações da dívida pública. É para lá que está indo o dinheiro dos nossos impostos.
